Amaro Cavalcanti

Cadeira 02 -

Patrono

Patrono Amaro Cavalcanti Soares de Brito, por vezes registrado como Amaro Bezerra Cavalcanti ou Amaro Bezerra Cavalcanti de Albuquerque, nasceu em Caicó/RN, aos 15 de agosto de

1849, e faleceu no Rio de Janeiro/RJ, aos 28 de janeiro de 1922. Foi um jurista e político brasileiro.

Nasceu no sítio Logradouro, no que viria a ser o distrito (e futuro município) de Jardim de Piranhas, pertencente a Caicó, em 15 de agosto de 1849, o décimo dos treze filhos de Ana de Barros Cavalcanti e de Amaro Soares de Brito.

Entre seus irmãos, destaca-se o padre João Maria Caval- canti de Brito. Foi casado em primeiras núpcias com Henriqueta Ferreira Catão, com quem teve a filha Luzia Linhares, ex-primei- ra-dama do Brasil. Viúvo, casou-se pela segunda vez com Eponi- na de Sousa Ferreira em 30 de outubro de 1890, na Igreja de São Francisco de Paula, resultando em duas filhas: Vera e Arminda.

Estudou com seu genitor, tendo aprendido as primeiras letras e o latim em sua cidade natal. Em busca de melhores pers- pectivas, foi trabalhar como caixeiro em Itabaiana/PB e em ativi- dades de comércio no Recife/PE. Conseguiu instalar-se no Ma- ranhão, concluindo seus estudos preparatórios e sendo admitido como professor em colégios particulares.

Passou em primeiro lugar em concurso para lecionar Retó- rica no Maranhão. Depois de ter acompanhado seu irmão, Padre João Maria, em Fortaleza/CE, descobriu que havia um concurso aberto para o Magistério na cidade de Baturité/CE. Desse modo, inscrevendo-se nesse concurso para a cadeira de Latim, também obteve o primeiro lugar.

Na época em que lecionava Latim no Ceará, passou a ga- nhar prestígio no meio político, contribuindo com a criação de diferentes jornais e com a publicação de vários artigos. Tempos depois, foi convidado pelo Presidente do Ceará (equivalente hoje ao cargo de Governador) Leão Veloso para integrar uma Comis- são em 1881 que iria analisar e estudar a organização do ensino primário nos Estados Unidos da América.

Durante os trabalhos da Comissão nos Estados Unidos da América, Amaro Cavalcanti também se matriculou na Albany Law School, em Nova Iorque, tendo sido agraciado com láurea acadêmica em seu curso para obter o título superior na área jurí- dica naquela Universidade, elaborou e defendeu a tese É a Educa- ção uma Obrigação Legal? (ou, em outra tradução: É a Educação uma Obrigação Jurídica?), pela qual conquistou o primeiro lugar na turma.

Ao retornar dos Estados Unidos da América, tornou-se Professor e diretor em colégios famosos no Ceará e na Capital da República (Liceu do Ceará em Fortaleza; e o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro).

Além disso, foi advogado, jornalista, parlamentar e diplo- mata. Foi escolhido Senador Constituinte em 1890, pelo Estado do Rio Grande do Norte, exercendo essa função até 1893. No Parlamento, também esteve como Deputado Federal pelo mesmo Estado no ano de 1897.

Passou a atuar em cargos jurídicos, retornando à política como Prefeito nomeado da Capital Federal em 1917. Foi mem- bro da Corte Permanente de Arbitragem na Haia, Consultor Jurídico do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, e um dos autores da Constituição Brasileira de 1891 (na condição de Senador Constituinte).

Foi ministro do Supremo Tribunal Federal a partir de 11 de maio de 1906, aposentando-se em 31 de dezembro de 1914. Em 12 de janeiro de 1917, foi nomeado prefeito do então Distrito Federal, de 15 de janeiro de 1917 a 15 de novembro de 1918, data em que foi nomeado ministro de estado da Fazenda pelo então presidente Delfim Moreira.

Foi sepultado no cemitério São João Batista, no Rio de Ja- neiro/RJ.